quinta-feira, 25 de março de 2010

A ESTRADA DA VIDA



A ESTRADA DA VIDA

A ESTRADA DA VIDA (1954)

LA STRADA



FICHA TÉCNICA

Outros Títulos:

A estrada (Portugal)
The road (USA)
Das Lied der Straße (Alemanha, Austria)

Gênero:

Drama

Direção:

Federico Fellini

Roteiro:

Federico Fellini, Ennio Flaiano, Tullio Pinelli

Produção:

Carlo Ponti, Dino De Laurentiis

Design Produção:

Mario Ravasco

Música Original:

Nino Rota

Direção Musical:

Franco Ferrara

Fotografia:

Otello Martelli

Edição:

Leo Cattozzo

Direção de Arte:

Brunello Rondi, Enrico Cervelli

Figurino:

Margherita Marinari

Maquiagem:

Eligio Trani

Efeitos Sonoros:

Aldo Calpini, R. Boggio

Pais:

Itália

Nota:

9.0

Filme Assistido em:

1956

ELENCO

Giulietta Masina- Gelsomina

Anthony Quinn- Zampanò

Richard Basehart- Louco

Aldo Silvani- Sr Giraffa

Marcella Rovera- A viúva

Livia Venturini – A irmã

Gustavo Giorgi

Mario Passante

Anna Primula

PRÊMIOS

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Óscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira

Círculo dos Críticos de Cinema de Nova York, EUA

Prémio de Melhor Filme Estrangeiro

Festival Internacional de Veneza, Itália

Prémio Leão de Prata de Melhor Direcção (Federico Fellini)

Prêmios Bodil - Copenhague, Dinamarca

Bodil de Melhor Filme Europeu

Sindicato dos Jornalistas Críticos de Cinema, Itália

Prémio Fita de Prata de Melhor Director de Filme Italiano (Federico Fellini)

Prémio Fita de Prata de Melhor Produção

INDICAÇÕES

Academia de Artes Cinematográficas de Hollywood, EUA

Óscar de Melhor Roteiro Original

Academia Britânica de Cinema e Televisão, Inglaterra

Prémio de Melhor Filme

Prêmio de Melhor Actriz Estrangeira (Giulietta Masina)

Festival Internacional de Veneza, Itália

Prémio Leão de Ouro (Federico Fellini)

SINOPSE

Zampanò é um grosso e insensível artista ambulante que, para ganhar alguns

trocados, exibe-se nas praças das cidades do interior do sul da Itália,

arrebentando correntes e mostrando sua força física. Sem endereço fixo,

parece gostar do que faz. Dorme sempre ao ar livre, numa liberdade total.

Sua vida começa a mudar quando compra de uma pobre mulher,

sua filha Gelsomina, que passa a ser sua assistente e com a qual

acaba por manter uma vida de marido e mulher. Anteriormente,

Zampanò já havia levado Rosa, irmã mais velha de Gelsomina,

que morrera de modo não muito claro.

Muito maltratada pelo companheiro, ela nada sabe da vida.

Com o passar do tempo, entretanto, torna-se uma boa profissional

e insiste na relação por não querer que ele siga sozinho e acreditar

que talvez, a seu modo, ele a ame.

Quando eles se juntam a um circo, Zampanò é ridicularizado por Louco,

um equilibrista prodigioso, tornando-se seu rival. Por outro lado,

Gelsomina inicia uma amizade com o equilibrista, de quem aprende que,

apesar das humilhações por que passa, ela é uma jovem digna.

Seu relacionamento com Louco termina por colocá-la em dúvida

se foge ou não com ele.

Pouco tempo depois, entretanto, Zampanò ataca o equilibrista, resultando

numa tragédia que trará conseqüências para todos os envolvidos.



CRÍTICAS

"A Estrada" é mais uma obra-prima do neo-realismo italiano.

Realizado pelo grande mestre, Federico Fellini, que também trabalhou

na elaboração do roteiro, o filme apresenta um vigor e uma dramaticidade

inesquecíveis.

Com um magistral trabalho de direção, Fellini desenvolve a trama

concentrando-se em três personagens apaixonantes.

As interpretações de Giulietta Masina e Anthony Quinn são

simplesmente magníficas. Completando o trio principal,

Richard Basehart também está óptimo.

Finalmente, "A Estrada" apresenta ainda a maravilhosa

música de Nino Rota, injustamente não premiada.

CAA

ASAS BRANCAS

Asas brancas

Dá-me, Senhor, asas brancas,

Tão brancas como a açucena

Ou como os lírios do campo,

Para, com elas, voar,

Atraída pelo encanto

Dessa Luz sempre a brilhar,

Que, ao beijar a natureza,

Faz realçar a beleza

Impressa na Criação

Que inspira qualquer poeta

E convida à oração

Quem tem olhos para ver

As maravilhas sem fim

Que reflectem a Bondade

E o Amor de Deus por mim.

Dá-me, Senhor, asas brancas,

Que se elevem para Ti,

Noite e dia sem cessar,

Num gesto de fé e vida,

Para tudo Te ofertar,

Porque tudo de Ti vem,

Ó Deus da Paz e do Bem,

E a Ti deve voltar.

Dá-me, Senhor, asas brancas,

Que, sob o impulso do Espírito,

Mergulhem no infinito,

Afastando toda a nuvem,

Para que o Sol apareça

E a primavera aconteça,

A toda a hora e momento,

Na alma e no pensamento.

Maria Lina da Silva, fmm

Lisboa, 21.03.2010- Dia da Primavera e da Poesia

A Irmã Lina que me perdoe o abuso, mas não resisti a colocar

no meu blogue este poema tão bonito