sábado, 21 de setembro de 2013

Las últimas composiciones de Violeta Parra (Completo) - Violeta Parra

PORQUÊ ESCREVER SOBRE VIOLETA PARRA?

Porque desde muito nova me foi dado a oportunidade de conhecer a sua obra discográfica, em casa do meu tio Jacinto, homem de grande cultura, apaixonado por tudo  o que fosse boa música, grandes interpretes e pessoas que viveram sempre com o objectivo de tornar melhor o mundo em que vivemos .
Por isso, desde sempre ouvi Violeta Parra e ainda adolescente, as suas canções davam-me um enorme prazer a ouvi-las e percebia que a sua mensagem era uma mensagem forte, carregada de uma consciência política e humanitária.
Ainda hoje, quando a ouço cantar, (por isso quis partilhar convosco duas das suas melhores canções!) me sinto arrebatada pelo som melodioso da sua voz, pela forma convicta que ela utiliza para transmitir as suas ideias... adoro ouvir Violeta Parra.
Fui á Wikipédia buscar informações biográficas, pois não sabia muito bem quem era e foi Violeta Parra. Fiquei ainda mais a admirá-la, pois foi uma mulher forte, revolucionária e apaixonada, características que eu entre muitas outras qualidades, admiro numa mulher.
Bem Haja Violeta Parra por me proporcionares com as tuas canções momentos de verdadeiro e puro prazer

VIOLETA PARRA - MULHER E REVOLUCIONÁRIA

Violeta Parra
Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos4 de outubro de 1917 — Santiago do Chile5 de fevereiro de 1967) foi uma compositoracantora,artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.

Biografia

Nasceu em San Carlos, província de Ñuble. Realizou seus estudos escolares até o segundo ano do secundário, abandonando-os em 1934, para trabalhar e cantar com seus irmãos em bares e circos, desenvolvendo uma importante carreira musical, como autodidata, a partir dos 9 anos.

Em 1938, casou-se pela primeira vez e dessa união, teve dois filhos, Isabel e Ángel, que também viriam a se tornar compositores e intérpretes importantes.
Viveu em Valparaíso entre 1943 e 1945, e voltou a Santiago, para cantar junto com seus filhos. Em 1949 voltou a se casar e teve duas filhas dessa nova união. Em 1952 começou a pesquisar as raízes folclóricas chilenas e compôs os primeiros temas musicais que a fariam famosa. Em 1954, quando já tinha o seu próprio programa de rádio, começou um rigoroso estudo das manifestações artísticas populares. Durante o ano de 1955 visitou a União SoviéticaLondres e Paris, cidade onde residiu por dois anos. Realizou gravações para a BBC e os selos Odeón e "Chant du Monde". Em 1957 radicou-se em Concepción, voltando a Santiago no ano seguinte para começar sua produção plástica. Percorreu todo o país, recompilando e difundindo informações sobre o folclore. Em 1961, mudou-se para a Argentina, onde fez grande sucesso com suas apresentações. Voltou a Paris e ali permaneceu por três anos, percorrendo várias cidades da Europa, destacando-se suas visitas a Genebra. Em 1965 voltou ao Chile, viajou para a Bolívia e, ao regressar a seu país, instalou uma grande tenda na comuna de La Reina, com o plano de convertê-la em um centro de referência para a cultura folclórica do Chile, juntamente com os filhos, Ángel e Isabel, e os folcloristas Patricio Manns, Rolando Alarcón e Víctor Jara, entre outros. No entanto, a iniciativa não obteve sucesso.
Emocionalmente abatida pelo fracasso do empreendimento e pelo dramático final de um relacionamento amoroso, Violeta Parra suicidou-se em 5 de fevereiro de 1967, na tenda de La Reina.

Política

Violeta Parra pode ser considerada a mãe da canção comprometida com a luta dos oprimidos e explorados, tendo sido autora de páginas inapagáveis, como a canção "Volver a los 17", que mereceu uma antológica gravação de Milton Nascimento e Mercedes Sosa. Outra de suas canções, "La Carta", cantada em momentos de enorme comoção revolucionária, nas barricadas e nas ocupações, tem entre os seus versos o que diz "Os famintos pedem pão; chumbo lhes dá a polícia". Mas suas canções não apenas são marcadas por versos demolidores contra toda a injustiça social. O lirismo dos versos de canções como "Gracias a la vida" (gravada por Elis Regina) embalou o ânimo de gerações de revolucionários latino-americanos em momentos em que a vida era questionada nos seus limites mais básicos, assim como a letra comovedora de "Rin de Angelito", quando descreve a morte de um bebê pobre: "No seu bercinho de terra um sino vai te embalar, enquanto a chuva te limpará a carinha na manhã".