sábado, 22 de novembro de 2014

O LANÇAMENTO De " GALVEIAS" EM GALVEIAS

Assistência

Mãe Amélia, nos seus 87 anos, assistindo ao lançamento

Ao fundo a mesa dos oradores

Assistência

Assistência, ao fundo mesa dos oradores
Chegámos a Galveias, por volta das 17 horas e vimos muita gente à porta da Casa do Povo e muito movimento de carros e pessoas. Pensei: - " Não vamos conseguir entrar ali!" 
Saímos do carro e fomos caminhando, no passo miudinho da minha mãe, a caminho da entrada. Há uma escadaria, sem corrimão. Havia pessoas ao longo e em cima das escadas. Pedi a um senhor que ajudasse  a minha mãe a subir os degraus, eu não sabia como havia de subir, pois não havia onde me agarrar. Muito solícitos apareceram logo vários cavalheiros a ajudar a minha mãe, eu a custo lá fui subindo...
Quando entrámos no edifício havia pessoas por todo o lado. Encontrámos umas senhoras da Casa Branca paradas ali no corredor...pensei: - "O melhor é dar meia volta e ir-me-nos embora!". Havia 3 cadeiras encostadas à parede no corredor, e consegui que a minha mãe se sentasse numa. Entretanto fui ver como é que poderíamos assistir à sessão. A sala pequeníssima, abarrotava com tanta gente. Pensei que não podíamos ficar ali. Entretanto, chega o José Luis Peixoto e passa pelo corredor onde se encontrava a minha mãe. Ela chama-o e diz-lhe: "-Sabe sou a avó da Patrícia, venho assistir ao lançamento do livro!" ele olhou para ela e disse-lhe que lhe ia arranjar uma cadeira na sala,enquanto lhe dizia: "Ah é a avó da minha amiga Patrícia, a senhora é muito bonita!!"  eu tranquilizei-o dizendo-lhe - "Oh Zé Luís hoje não é dia para isso, o senhor tem que se preocupar é com o lançamento do livro!" Ele, muito atencioso disse-me: "- Não , não!! vou providenciar uma cadeira para a sua mãe, já vou tratar disso!" Ele chegou à sala e viu tanta, tanta gente, que ele ou alguém teve a ideia fantástica de fazer o lançamento lá fora no recinto da Junta, onde há bancos de cimento e um grande ecrã gigante em alvenaria para projecção de filmes durante o verão. E a apresentação foi lá fora, com centenas de pessoas a assistirem, embevecidas e orgulhosas por aquele filho da terra de Galveias ser um escritor importante, que é conhecido não só em Portugal como em muitos países do mundo. 
Depois da apresentação, formou-se uma enorme bicha para os autógrafos, aí eu decidi que eram horas de voltarmos. Um dia, combinaríamos com ele, e iríamos a Galveias para ele me autografar os livros.
Metemo-nos no carro, já era escuro. Começou a chover à saída de Galveias. A chuva começou a engrossar, a engrossar de tal maneira que se transformou num dilúvio. Eu não via a estrada, a chuva no limpa para-brisas era tanta, tanta que as escovas não conseguiam limpá-la. Viemos muito devagarinho. De vez em quando a chuva acalmava um pouco. E eu pensava que iria estiar, mas de repente vinha outra vez uma chuva torrencial que não nos deixava ver por onde íamos. Foi uma viagem complicadíssima. Eu não conhecia o carro, a estrada é muito estreita e havia lençóis de água por todo o lado.  
Chegámos sãs e salvas a Casa Branca, apesar de tanta chuva. Vínhamos felizes e bem dispostas. Valeu a pena a aventura!!!

A assistência

Os oradores


Ao fundo na varanda eu e a minha mãe
O Diário Digital do Sapo refere no artigo da apresentação do lançamento o seguinte: " O universo toca uma pequena vila com um mistério imenso. Esse é o ponto de acesso ao elenco de personagens que compõe este romance e que, capítulo a capítulo, ergue um mundo. Como uma condensação de portugalidade, Galveias é um retrato de vida, imagem despudorada de uma realidade que atravessa o país e que, em grande medida, contribui para traçar-lhe a sua identidade mais profunda.
A riqueza da escrita, a sofisticação formal, a sensível e dura humanidade destas páginas são um passo marcante na obra de um dos mais destacados autores europeus da sua geração e, sem dúvida, colocam Galveias entre os grandes romances alguma vez escritos sobre a ruralidade portuguesa.
Para todos os leitores que, ao longo dos anos, irão conhecê-lo, a trajectória deste livro já se iniciou. Como o mistério que acerta em Galveias, este romance vai a caminho desses olhares, irá tocá-los de modo irreversível» 
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=735190 

A COBRA - LANÇAMENTO DO LIVRO GALVEIAS DE JOSÉ LUIS PEIXOTO

«Galveias», o novo livro de José Luís Peixoto, editado pela Quetzal, será lançado no dia 11 de outubro, pelas 17h00, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Galveias, em Lisboa.




A cobra
Convidei a minha mãe para irmos a Galveias ao lançamento do livro de José Luis Peixoto.
A minha mãe estava na casa dela e assim, eu disse-lhe que eu iria lá buscá-la por volta das 16 horas.
Eu tinha comprado o Renault Clio na semana anterior, por isso ainda estava muito limpinho e a cheirar a novo. Abro o carro, e quando olho lá para dentro, vejo uma cobra novinha, mas já grandinha! junto aos pedais. Eu nem queria acreditar no que estava a ver!!! uma cobra dentro do carro.!!! 
A cobra

A cobra era fininha, mas media cerca de 25 cm
O meu medo era que ela se metesse dentro de qualquer buraco ou reentrância que não a conseguíssemos tirar, eu não queria que ela fugisse dali.
 Passou o Sr António, marido da D. Mariana e eu disse-lhe que tinha uma cobra dentro do carro. Ele não acreditou!! julgava que eu estivesse a exagerar. Entretanto a cobra já tinha fugido para baixo do banco do condutor! O Dinis, meu vizinho, estava a preparar-se para ir fazer o seu tour de bicicleta, e eu muito aflita pedi-lhe: "Oh Dinis por favor, venha cá tirar-me uma cobra que tenho dentro do carro!!!"
Ele, riu-se e não queria acreditar!!! Dizia-me: "- Ah o carro vinha com brinde?!" e ria-se; o sr António ria-se e dizia que não era cobra ( ele ainda não a tinha visto!), "Nah não é cobra!" - dizia a rir-se!! e o Dinis já não sabia se havia de acreditar no sr. António se em mim. 
Eu estava excitada e enervada porque queria ir para o lançamento do livro em Galveias e  não sabia como havíamos de tirar dali a cobra. 
O Dinis pediu-me uma tenaz e eu vim buscar uma que a minha mãe usa para apanhar coisas que lhe caem ao chão. Entretanto levei o spray mata formigas para lhe mandar para cima para a atordoar, e o Dinis dizia-me: " Não ponha muito, que depois fica com esse cheiro dentro do carro!" Eu queria lá saber!! o que eu queria era a cobra dali para fora. Entretanto ele começou a ver a ponta do rabo da bicha debaixo do banco  do condutor. Eu dei uma quantidade de sprayadas para cima da cobra e para debaixo do banco, ela enrolou-se toda, eu estava a ver que a íamos deixar fugir, e que ela ficava dentro do carro!!!
O meu marido que estava em casa apareceu, ao ouvir-me falar tão alto e tão excitada. Dizia-me: -"Não é motivo para tanto alarido, vamos apanhar a cobra!"
Eu nervosa, o sr. António a rir-se como a gozar , pois continuava a dizer que não podia ser uma cobra., o Dinis com a tenaz todo dentro do carro a tentar apanhá-la... enfim, depois de algum tempo, que me pareceu bastante, lá apareceu o Dinis com a cobra presa na tenaz, mas muito mal presa, quase que lhe ia voltando a cair dentro do carro!! 
O sr. António só acreditou que era uma cobra quando a viu na ponta da tenaz toda a enrolar-se...
Pusemo-la no portado de mármore da casa da vizinha da frente, e ela mexia-se com toda a ligeireza... o spray não a atordoou!! queria era fugir...
Bem, lá se conseguiu matar a bicha, com a tenaz, o meu marido pisava-lhe o rabo para a matar!! e eu dizia-lhe que tinha que ser na cabeça!!! Um espectáculo e uma aventura...
Enervada com todo este espectáculo lá fui buscar a minha mãe, que estava à minha espera em casa dela. Eu não me podia esquecer do episódio, durante boa parte do caminho o tema da conversa foi a cobra e a desconfiança do sr. António que não acreditava em mim!!!!


APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE ZERO A DEZ

Com o apoio do Município de Estremoz, foi apresentado o livro de Zero a Dez de Margarida Fonseca Santos, na passada Sexta-feira, no dia 21 de Novembro, pelas 16.30horas, no auditório da Casa de Estremoz. Com uma assistência de cerca de 50 pessoas, muito interessada e muito atenta, entre elas a  Vereadora da Cultura, Drª Márcia Oliveira, a bibliotecária Drª Lena Mourinha, a Drª Célia Pires em representação da Academia Sénior e a Drª Marisa Serrano directora da Casa de Turismo, que muito se empenhou para que o evento tivesse aqui lugar.  
A sessão esteve muito animada  com a presença da escritora Margarida Fonseca Santos, autora do livro, da Enfermeira Sílvia Noruegas, com uma vasta experiência profissional no tratamento da dor crónica e da  profª Zuzu,, professora da Academia Sénior de Estremoz, com a disciplina de Poesia e Conto.
A Rádio Campanário, os Brados do Alentejo e a fotógrafa da Câmara Municipal estiveram presentes, fizeram uma entrevista à autora para que a mesma seja transmitida  e publicada . 
É de realçar a simpatia e disponibilidade da escritora para falar do livro e da sua génese. 
Na página do Facebook, do Município de Estremoz a Drª Marisa Serrano publicou este pequeno texto, sobre o livro e a sua autora:

Este é um romance sobre a dor crónica. É igualmente um livro terapêutico, onde os caminhos e as estratégias para lidar com a doença se revelam a cada passo. É, sobretudo, um romance com esperança por dentro.
Refere Margarida Fonseca Santos que : - “Há circunstâncias que nos obrigam a parar e mudar. Foi isso que me aconteceu quando percebi que teria de adaptar a minha vida às possibilidades reais deixadas em aberto por uma patologia músculo-esquelética. Não foi fácil, nunca é. Sendo a palavra a minha forma de comunicar, a ideia foi-se instalando em mim: porque não escrever sobre quem coabita todos os dias com a dor crónica, o cansaço e as limitações?
Foi assim que surgiu este livro. É o somatório de experiências pessoais, minhas e das pessoas que aceitaram partilhar comigo o seu viver diário, num entrançado de crises e soluções, sonhos e frustrações, medos e esperanças. Tinha como objectivo dar conforto a quem é doente, mas também ajudar quem com ele convive a entender as limitações e as forças, seja numa vida em comum, no trabalho ou na amizade. Espero ter conseguido atingi-lo. A mim, organizou-me por dentro e deixou-me em paz com a doença.”
Depois de todos os presentes na mesa terem falado sobre o livro, sobre a sua importância para os doentes que sofrem de dor crónica e da Enfª Silvia Noruegas ter lido e apresentado um trabalho académico da sua autoria feito com pessoas idosas foi dada por terminada a sessão que já ia um pouco longa.
A autora autografou os livros comprados pela assistência que se esgotaram. Ficaram sem livro cerca de 20 pessoas, que a autora tranquilizou , dizendo -lhes que os iria enviar o mais rapidamente possível pelo correio.
Estas iniciativas são muito importantes para a divulgação da cultura e para juntar em redor de um livro que tem tanto de romance como de didáctico um grupo de pessoas interessadas e atentas.
A todas as pessoas presentes no auditório da Casa de Turismo o meu bem haja e o meu enorme abraço de gratidão. Profª Zuzu